Renúncia de Oliver Oakes na Alpine ganha novos contornos após prisão do irmão na Inglaterra
- Bianca Emisa
- há 7 dias
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Prisão de William Oakes em caso de possível lavagem de dinheiro pode ter pressionado o ex Chefe de Equipe; abrindo caminho para Briatore assumir o comando e promover Colapinto no lugar de Doohan
Por Bianca Emisa

Oliver Oakes deixou a Alpine após apenas nove meses no comando. Mas a história não para por aí.Segundo apuração do The Telegraph, a decisão repentina de renunciar ao cargo de chefe de equipe da Alpine estaria diretamente ligada à prisão de seu irmão, William Oakes, detido na Inglaterra com uma grande quantia de dinheiro vivo nas proximidades da sede da Hitech ( equipe fundada e comandada por ambos nas categorias de base do automobilismo).
A suspeita de possível envolvimento com lavagem de dinheiro levanta questionamentos sobre os reais motivos por trás da saída de Oakes, até então tratada pela equipe francesa como uma renúncia comum, sem justificativas adicionais. Agora, a crise assume contornos mais sérios e pode comprometer a reputação da escuderia, menos de um ano depois de o britânico ter assumido a liderança no lugar de Bruno Famin.
Oliver e William são os principais nomes à frente da Hitech Global Holdings Limited, responsável por operar a equipe nas categorias de formação como Fórmula 2 e Fórmula 3. A detenção de William, somada à saída imediata de Oliver da Alpine, levanta dúvidas sobre possíveis implicações legais e sobre o impacto institucional da situação.
No meio da turbulência, a Alpine confirmou o nome de Flavio Briatore como substituto. Além de exercer o cargo de consultor executivo desde o início da temporada, o italiano volta a comandar diretamente a operação esportiva da equipe, função que ocupou no passado com títulos mundiais ao lado de Michael Schumacher e Fernando Alonso.
A nomeação de Briatore reacende polêmicas antigas. Banido da Fórmula 1 pela FIA após o escândalo do “Crashgate” em 2008, ele conseguiu reverter a decisão na justiça francesa dois anos depois e agora retorna ao paddock com plenos poderes.
Internamente, a troca de comando já provocou mudanças. Briatore defende abertamente a substituição de Jack Doohan por Franco Colapinto, piloto argentino que será titular da equipe no GP da Emília-Romanha. Oakes era contra a troca e vinha tentando sustentar o primeiro ano de Doohan na F1.
A movimentação adiciona mais um capítulo à série de crises recentes da Alpine, que já esteve envolvida em rumores de espionagem contra Esteban Ocon no ano passado. Com a chegada de Briatore, a escuderia alcança a marca de seis chefes de equipe em cinco anos, um reflexo claro da instabilidade que ainda assombra o projeto da montadora francesa na Fórmula 1.
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