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Lucas di Grassi completa 12 anos na Fórmula E e destaca a imprevisibilidade como combustível para seguir no grid

  • Foto do escritor: Bianca Emisa
    Bianca Emisa
  • 30 de out.
  • 3 min de leitura

Durante os testes de pré-temporada em Valência, o piloto brasileiro refletiu sobre o que ainda o motiva após mais de uma década na categoria, às vésperas de disputar o ePrix de São Paulo


Por Bianca Emisa


Lucas di Grassi faz parte da história da Fórmula E desde o primeiro dia. O brasileiro esteve no grid inaugural da categoria em 2014 e, 12 anos depois, continua acelerando com a mesma determinação. Campeão da temporada 2016/17 e piloto mais vitorioso da história da categoria, Di Grassi soma 13 vitórias, 41 pódios e 4 pole-positions — marcas que consolidam sua trajetória em um campeonato que se transformou profundamente ao longo da última década.

Lucas di Grassi durante o Media Day da Fórmula E no Circuito Ricardo Tormo, em Valência (Photo by Simon Galloway/LAT Images)
Lucas di Grassi durante o Media Day da Fórmula E no Circuito Ricardo Tormo, em Valência (Photo by Simon Galloway/LAT Images)

Durante os testes de pré-temporada realizados em Valência, na Espanha, o piloto da Lola Yamaha ABT falou sobre o que ainda desperta motivação e adrenalina após tantos anos competindo na mesma categoria.


Para ele, o segredo está na natureza imprevisível da Fórmula E.

“O que mais me dá frio na barriga é a imprevisibilidade do campeonato. A gente, indo para São Paulo, pode andar lá atrás ou brigar por pódio — até mesmo pela vitória. Depende muito do dia da corrida, da estratégia estar certa, da condição certa, do carro estar com um ajuste bom. Então ela (a Fórmula E) é muito mais imprevisível que qualquer outra categoria, incluindo a Fórmula 1. Dá para você ser o primeiro em uma etapa e o último na próxima corrida. E isso não é só com a gente (Lola Yamaha) — pode ser com todo mundo. Essa imprevisibilidade e competitividade são o que mais me deixam feliz de estar participando há tantos anos.”

Do atual grid, apenas três pilotos estiveram presentes em todas as temporadas da Fórmula E: o brasileiro Lucas di Grassi, o português António Félix da Costa e o francês Jean-Éric Vergne. Essa constância o torna um dos principais nomes da categoria e um símbolo de longevidade esportiva em um campeonato conhecido por seu alto nível de equilíbrio.


Às vésperas da etapa de São Paulo


Em 6 de dezembro, Di Grassi completará 148 corridas disputadas na Fórmula E — número que coincide com o retorno do campeonato ao Brasil. Correndo em casa, o piloto chega ao ePrix de São Paulo como um dos grandes representantes do país no automobilismo internacional e um dos rostos mais conhecidos da era elétrica.


No paddock, o veterano já se sente em casa. “Depois de tanto tempo, você conhece bem o ambiente e cada circuito, mas o frio na barriga nunca some”, comentou.


Segunda temporada com a Lola Yamaha


Di Grassi disputa sua segunda temporada pela Lola Yamaha ABT, equipe que estreou na Fórmula E no último ano, herdando a estrutura da tradicional ABT Sportsline — antiga parceira da Audi, que venceu a primeira corrida da história da categoria, em Pequim 2014.


Ao lado do jovem Zane Maloney, de 21 anos, o brasileiro lidera a equipe com a experiência de quem conhece cada detalhe técnico e estratégico da Fórmula E, um campeonato que exige domínio de energia, ritmo e leitura de corrida.


Do pioneirismo ao legado


Presente desde os primeiros testes da categoria, Di Grassi participou ativamente da evolução tecnológica da Fórmula E — dos carros Gen1, que exigiam troca de monoposto no meio da prova, aos atuais Gen3, mais potentes e sustentáveis.


Em uma década marcada por inovações, o brasileiro segue sendo um dos rostos mais emblemáticos do campeonato e, acima de tudo, alguém movido pela imprevisibilidade que define o espírito da Fórmula E.

 
 
 

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