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Fórmula E adere Pit stop de 34s para 10% de energia: Como isso afeta as corridas?

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    Paddock News
  • 4 de fev.
  • 3 min de leitura

A nova tecnologia de carregamento rápido adiciona um elemento estratégico às corridas e pode impactar o resultado das provas.


Escrito por: Izadora Caires


@Adam Pigott
@Adam Pigott

A Fórmula E está prestes a introduzir uma inovação significativa que promete transformar a dinâmica das corridas: os pit stops de carregamento rápido, conhecidos como "Pit Boost". Após mais de dois anos de desenvolvimento, essa tecnologia fará sua estreia no ePrix de Jeddah, programado para os dias 14 e 15 de fevereiro de 2025, e será implementada em todos os eventos com rodadas duplas.


O "Pit Boost" permite que os carros da terceira geração (Gen3) recebam uma recarga de mais de 10% da capacidade total da bateria em apenas 30 segundos, utilizando um carregador ultrarrápido de 600 kW. Incluindo o tempo necessário para acoplar e desacoplar o carregador, o pit stop completo terá uma duração mínima de 34 segundos. Durante esse período, até dois mecânicos podem trabalhar no carro, além de um membro adicional responsável pela operação do carregador, o processo busca otimizar o tempo sem prejudicar a posição do piloto na corrida. 


A introdução do Pit Boost adiciona uma nova camada estratégica às corridas da Fórmula E. As equipes terão a oportunidade de decidir o momento ideal para realizar o pit stop de recarga, o que pode influenciar diretamente o desempenho e o resultado final. Alberto Longo, cofundador da Fórmula E, acredita que essa inovação trará mais dinamismo às provas:


"Acho que será ótimo porque criará um pouco de mistura na corrida e haverá equipes usando essa energia de maneiras diferentes e em momentos diferentes."


"Também vale a pena mencionar que estamos mais uma vez na vanguarda da tecnologia, é a primeira vez que isso é apresentado e é algo único do qual estamos muito orgulhosos", explicou Longo falando sobre o novo conceito.


Além disso, o Pit Boost funcionará de forma independente das regras existentes do Modo Ataque, fornecendo às equipes dois elementos estratégicos distintos para gerenciar durante a corrida.


Embora o Pit Boost represente um avanço tecnológico significativo, sua implementação levanta algumas questões. Há dúvidas sobre como essa mudança afetará as corridas e se as estratégias de recarga poderão influenciar negativamente a competitividade. A eficácia das equipes em integrar essa nova variável em suas táticas de corrida é importante para o sucesso do método. 


As paradas nos boxes não são novidade em nenhuma categoria do automobilismo, nem mesmo na Fórmula E, onde os pilotos já precisaram trocar de carro durante a corrida devido às limitações de bateria. No entanto, enquanto em outras categorias um pit stop eficiente dura menos de três segundos, na Fórmula E os carros precisarão permanecer parados por mais de 30 segundos, o que pode representar um desafio tanto para a equipe, quanto para o público. 


Diante disso, as equipes buscarão estratégias diferentes para definir o momento ideal da parada, mas há o receio de que a janela de pit stop acabe sendo muito semelhante para todos, reduzindo a variação tática entre os competidores.


Também existe um protocolo de falhas, visando a segurança e o desempenho do método durante as corridas. Durante os testes, um dos desafios enfrentados foi o superaquecimento do único carregador disponível para cada equipe, o que poderia comprometer o desempenho do piloto, exigindo uma parada na volta seguinte.


Com a introdução do procedimento, será potencialmente mais fácil controlar a temperatura dos equipamentos, mesmo em situações de pit stops realizados em voltas consecutivas.

No caso de uma falha técnica, a FIA já tem um protocolo pronto, mas é esperado que o mesmo não seja usado. 


"Temos um protocolo completo para o caso de uma falha de um único dispositivo, mas, na verdade, nos dois últimos ePrix fizemos muitos testes e não houve uma única falha no dispositivo", acrescenta Longo.


"Houve alguns carros que não conseguiram carregar, por exemplo, mas tudo isso está relacionado à maneira como o mecânico conectou o cabo ao carro, e é isso que queríamos, evitar o erro humano".


A estreia do Pit Boost em Jeddah servirá como um teste para avaliar seu impacto nas corridas. Dependendo dos resultados, a Fórmula E poderá expandir o uso dessa tecnologia para mais etapas nos próximos anos. A organização está confiante na confiabilidade dos carregadores e acredita que essa inovação reforça a posição da Fórmula E na tecnologia automotiva.


 
 
 

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