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Quais são as marcas que enfrentam o Mundial de Endurance em 2025?

  • Foto do escritor: Bianca Emisa
    Bianca Emisa
  • 22 de fev.
  • 4 min de leitura

Atualizado: há 5 dias

Ferrari, Toyota, Porsche, Aston Martin e outras 9 montadoras compõem o grid mais competitivo dos últimos anos, com novidades nas classes Hypercar e LMGT3

Carros alinhados na reta principal antes do centenário das 24 Horas de Le Mans (Foto de James Moy Photography/Getty Images)
Carros alinhados na reta principal antes do centenário das 24 Horas de Le Mans (Foto de James Moy Photography/Getty Images)

O Campeonato Mundial de Endurance da FIA (WEC) reúne, em 2025, uma verdadeira constelação de marcas renomadas do automobilismo e da indústria automotiva. São 13 fabricantes oficialmente envolvidos e mais de 30 equipes inscritas, divididas em quatro categorias distintas. Mais do que uma série de corridas longas, o WEC é uma vitrine global de inovação, performance e diversidade, onde carros e pilotos são levados ao limite em provas que chegam a durar 24 horas.


O campeonato mistura tecnologia de ponta, resistência mecânica e talento humano. O grid é composto por grandes montadoras, campeões mundiais, ex-pilotos da Fórmula 1, talentos em ascensão e até amadores de altíssimo nível, que se enfrentam em circuitos icônicos ao redor do mundo.

Hypercar: o topo da pirâmide

Entre as montadoras participantes estão Ferrari, Toyota, Porsche, Peugeot, BMW, Cadillac, Alpine e Aston Martin
Ferrari - FIA WEC — Foto: Autoesporte/Vitória Drehmer

No topo da hierarquia está a categoria Hypercar, que reúne os modelos mais velozes, sofisticados e tecnológicos do campeonato. Em 2025, são 18 protótipos inscritos, divididos entre os regulamentos LMH (Le Mans Hypercar) e LMDh (Le Mans Daytona hybrid). O LMH permite maior liberdade de desenvolvimento, enquanto o LMDh adota chassi e sistemas híbridos padronizados, promovendo equilíbrio técnico e contenção de custos.


Entre as montadoras participantes estão Ferrari, Toyota, Porsche, Peugeot, BMW, Cadillac, Alpine e Aston Martin. Algumas atuam com estruturas próprias, como a Toyota e a Ferrari, enquanto outras operam com parceiros. A Cadillac, por exemplo, compete com o apoio da equipe JOTA, e a BMW confia seu projeto à belga WRT. Já a Peugeot apresenta uma versão atualizada do 9X8, agora com asa traseira e aerodinâmica mais convencional.

LMGT3: a nova geração do Endurance

N. 95 McLaren 720S GT3 Evo em ação em Interlagos (Foto: Julien Delfosse / DPPI)
N. 95 McLaren 720S GT3 Evo em ação em Interlagos (Foto: Julien Delfosse / DPPI)

Substituindo os antigos GTE a partir de 2024, a categoria LMGT3 traz o endurance para mais perto dos carros de rua. Os modelos utilizados são versões de alto desempenho de esportivos comerciais, adaptados às exigências das pistas. Em 2025, o grid da LMGT3 é composto por 18 carros de nove montadoras: Aston Martin, BMW, Corvette, Ferrari, Ford, Lexus, McLaren, Mercedes-AMG e Porsche.


Essa divisão valoriza equipes privadas e combinações Pro-Am (misturando profissionais e pilotos amadores). A Mercedes-AMG estreia nesta classe com a equipe Iron Lynx, enquanto a McLaren segue em busca da primeira vitória com o modelo 720S GT3 Evo. Já a Corvette aposta na experiência da TF Sport, e a Ford tenta recuperar competitividade com o Mustang LMGT3, desenvolvido pela Multimatic.


LMP2 e LMGT3 Pro-Am: equilíbrio e acesso

    Klaus Bachler (AUT), Joel Sturm (GER) e Alex Malykhin (GBR) ao volante do #92 da Manthey PureRxcing — Porsche 911 GT3 R em ação na temporada 2024 na categoria LMGT3
Klaus Bachler (AUT), Joel Sturm (GER) e Alex Malykhin (GBR) ao volante do #92 da Manthey PureRxcing — Porsche 911 GT3 R em ação na temporada 2024 na categoria LMGT3

Além das duas classes principais, o WEC mantém categorias específicas que reforçam a diversidade do campeonato. A LMP2, voltada exclusivamente a equipes privadas com protótipos padronizados, volta ao calendário apenas para as 24 Horas de Le Mans. Já a subdivisão LMGT3 Pro-Am exige que cada trio de pilotos tenha ao menos um amador, classificados como Silver ou Bronze, segundo os critérios da FIA. Enquanto isso, a Hypercar é restrita a profissionais com graduação Platinum ou Gold.


Esse formato ajuda a promover equilíbrio entre as equipes e oferece oportunidade para novos talentos dividirem a pista com nomes consagrados do automobilismo mundial.


Movimentações estratégicas das montadoras


Entre as montadoras, alguns movimentos de destaque ajudam a desenhar o cenário competitivo de 2025. A Alpine retorna ao grid com dois protótipos A424, marcando uma nova fase da marca no endurance. A Aston Martin estreia na classe principal com o modelo Valkyrie AMR-LMH, enquanto a Mercedes-AMG volta ao campeonato após anos de ausência, agora na categoria LMGT3.


A Toyota, atual campeã de construtores, mantém sua aposta no modelo GR010-Hybrid e repete a mesma formação de pilotos, apostando na estabilidade como diferencial. A Ferrari, embalada pelas vitórias recentes nas 24 Horas de Le Mans com o 499P, busca manter o bom momento. Já a Porsche tenta recuperar a hegemonia histórica com uma ampla estrutura de fábrica e parcerias com times clientes, consolidando sua presença tanto na Hypercar quanto na LMGT3.


Tradição, inovação e resistência


O que torna o WEC tão fascinante é justamente essa mistura entre tradição e inovação. Marcas com histórias centenárias dividem espaço com fabricantes que retornam ao endurance após décadas de ausência ou que estreiam em busca de novos mercados e avanços tecnológicos. Em um campeonato onde mais do que apenas vencer é preciso resistir, cada prova se transforma em um verdadeiro teste de confiabilidade, estratégia e trabalho em equipe. São corridas que podem durar até 24 horas, exigindo constância, inteligência tática e precisão milimétrica, tanto na pista quanto nos bastidores.


Em 2025, o grid do Mundial de Endurance é um verdadeiro espetáculo global. Com mais de 30 carros alinhados, representando 13 montadoras e diversas nacionalidades, o campeonato consolida-se como uma das maiores vitrines de inovação e talento do automobilismo internacional, refletindo o que há de mais avançado no esporte a motor, tanto nas garagens quanto nas pistas.


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